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DIA 29 DE OUTUBRO DIA MUNDIAL DA PSORÍASE
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sábado, 9 de fevereiro de 2013














 Pior dor da psoríase é a discriminação e o isolamento social



E acrescenta: “a sociedade está muito normalizada e as pessoas seguem um tipo de comportamentos muito marcados; se aliados a isso existem temores infundados, existe sempre uma margem de discriminação”. Por outro lado, “as doenças de pele têm uma carga tradicional relacionada com o contágio”. 

              Este preconceito torna ainda mais difícil a tarefa do doente em lidar com a sua condição, que só por si acarreta já um peso enorme. ”O seu impacto na auto-estima e na imagem corporal é elevado”, mas a expressão da psoríase é muito variável. 

Remédios experimentais melhoram tratamento da psoríase


Em testes clínicos, medicamentos conseguiram reduzir as lesões apresentando poucos efeitos colaterais.

Duas novas drogas apresentaram resultados promissores no tratamento da psoríase, doença não contagiosa caracterizada por lesões na pele, que atinge entre 1% e 3% da população mundial. Segundo os resultados publicados no periódico médico New England Journal of Medicine, nesta quinta-feira, 75% dos pacientes apresentaram melhora nas lesões da pele após 12 semanas de tratamento.


Ambos os medicamentos inibem a ação de uma citocina (molécula que ajuda as células a se “comunicarem”) chamada interleucina-17 (IL-17). Os remédios usados atualmente, como o Stelara, atuam sobre outras citocinas, como a IL-12, IL-23 ou em receptores dessas moléculas. Essas citocinas agem causando inflamações que geram as placas características da psoríase.

                  "Por atuarem na IL-17, são uma nova classe de medicamentos contra a psoríase”, explica Caio Castro, dermatologista da Santa Casa de Curitiba e pesquisador da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

                   Os dois medicamentos estão na segunda fase de testes clínicos. O Ixekizumab, da Eli Lilly, que age inibindo diretamente a IL-17, proporcionou uma melhora de até 77% nos pacientes que receberam dose mínima, e 82% nos que receberam dose máxima, após 12 semanas de tratamento. Entre 38% e 39% tiveram melhora de 100% no mesmo período.

O Brodalumab, da Amgen, que inibe o receptor da IL-17, mostrou um índice de eficácia de 75% com a dose mínima e entre 77% e 82% com doses moderadas após 12 semanas. Em média, proporcionou melhora de 45% nos pacientes que receberam uma dose de 140 mg, 76% naqueles que ingeriram doses de 280 mg e 86% nos que usaram doses de 210 mg.

                    Efeitos colaterais — Os efeitos colaterais mais comuns em medicamentos para o tratamento da psoríase são infecções e inflamações nas vias respiratórias e reações no local das injeções. Em casos mais raros, os pacientes desenvolvem tuberculose.

                    Nenhum efeito colateral foi observado no Ixekizumab. Os efeitos apresentados pelo Brodalumab foram mais raros, mas incluíram queda nas células de defesa, dores no rim e gravidez ectópica (que acontece fora do útero).

                      Segundo um dos participantes das duas pesquisas, Craig Leonardi, professor de dermatologia clínica na Universidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, a ausência de efeitos colaterais foi impressionante. "As duas drogas tiveram o melhor desempenho de todos os estudos que já participei", disse ao site Health Day. A surpresa ocorreu porque outros estudos já associaram os inibidores de IL-17 com um maior risco de ataque cardíaco.

                       Para Caio Castro, a presença de menos efeitos indica que os medicamentos podem também agir menos. "Para alguns pacientes poderá funcionar bem, mas não deverá ter a mesma eficácia com outros, já que age em apenas uma citocina. De qualquer forma, é uma nova arma para o arsenal contra a psoríase, já que muitos pacientes não respondem a nenhum dos medicamentos atuais."

                       "Os resultado iniciais dos estudos mostram que são medicamentos eficazes, com rápido início de ação e sem efeitos colaterais maiores. No entanto, para serem aprovados pelos órgãos reguladores (FDA  nos EUA e ANVISA no Brasil), ainda serão necessários estudos de fase 3 e avaliação a longo prazo", afirma a mestre em dermatologia Gladys Martins, coordenadora do ambulatório de Psoríase do Hospital Universitário de Brasília e membro do IPC (International  Psoriasis  Council). Ambos os medicamentos devem levar por volta de 3 anos para chegar ao mercado.


Fonte: Site Psoríase Brasil e Dr. Caio Castro.

Revista Veja.

Tratamento

Psoríase não tem cura, tem tratamento. Não há como prevenir a doença, embora seja possível controlar a reincidência. O tratamento da psoríase vai depender do quadro clínico apresentado, pode variar desde a simples aplicação de medicação tópica até tratamentos mais complexos.

A resposta ao tratamento também varia muito de paciente para paciente e o componente emocional não deve ser menosprezado.

Uma vida saudável, evitando-se o estresse vai colaborar  para   melhora.
Não existe uma forma de se acabar definitivamente com a psoríase, mas é possível conseguir a remissão total da doença, obtendo-se a cura clínica. Ainda não é possível, no entanto, afirmar que a doença não vai voltar após o desaparecimento dos sintomas.

Existem 4 (quatro) tipos principais de terapia para psoríase: Tópicos, Fototerapia, Terapia Sistêmica e Terapias Biológicas.

Os tratamentos tópicos são normalmente prescritos para psoríase leve a moderada, ou seja, quando a psoríase afeta 30% ou menos, da área da superfície corporal. São utilizados cremes e pomadas diretamente nas regiões afetadas.

São eles: Antralina, coaltar, tarazoteno, derivados da vitamina D3 (Calcipotriol), corticóides, (Pimecrolimus e Tracolimus).

Técnica terapêutica que consiste na emissão artificial e indolor de radiação ultravioleta (UVA e UVB), fornecida através de aparelhos especiais sob a forma de cabine com lâmpadas fluorescentes. Quando associada com medicamentos, os psoralenos, que são substâncias foto ativas, recebe o nome de PUVATERAPIA.  Pode ser usada apenas a radiação UVB sob forma usual ou em um tipo conhecido como NARROW-BAND.

São cabines com lâmpadas especiais onde o paciente permanece por poucos minutos com a pele doente exposta e a pele sadia protegida por roupas especiais ou filtros solares.  As sessões são semanais e o tempo de tratamento vai depender do grau de melhora das lesões.

A Fototerapia tem como vantagem, em relação ao sol, não depender de fatores climáticos, como estação do ano, nuvens e horário para melhor continuidade e bom resultado do tratamento, além de maior segurança na dosagem de radiação ultravioleta; sendo assim, a ocorrência de queimadura pode ocorrer, mas é excepcional.

Os efeitos colaterais mais comuns da fototerapia são o envelhecimento da pele e o risco aumentado de câncer de pele.

Consiste na utilização de um medicamento por um período de tempo, seja via oral ou em forma de injeção. Indicados nos casos moderados e graves e nos pacientes em que não se obteve resultado com tratamento tópico.

Os mais utilizados são: Metrotexate, Ciclosporina (são imunossupressores), Acitretina (medicamento que melhora a queratinização da pele) e Retinóides via oral.

A maior parte das terapias sistêmicas, não deve ser utilizada por mulheres grávidas uma vez que, podem causar anomalias congênitas no feto. Entretanto é preciso usar de bom senso para avaliar a relação risco/benefício da terapia e individualizar a terapia para cada gestante.

Os biológicos destinam-se a uma parte bastante específica da resposta imunológica, ao contrário das terapias sistêmicas (imunossupressores) que suprimem todo o sistema imunológico. Em virtude disto, devem, teoricamente, ter menos efeitos colaterais do que os fármacos sistêmicos; contudo, não houve um prazo suficiente de investigação para provar isto.
Além disso, alguns biológicos são bastante efetivos no controle da artrite psoriática.

Existem atualmente 5 (cinco) biológicos em desenvolvimento para o tratamento da psoríase moderada a grave:

Alefacepte;
etarnecepte;
infliximabe;
adalimumabe;
ustekinumabe.

Quanto mais informações você reunir acerca das terapias disponíveis e o que esperar, mais será capaz de controlar sua psoríase.

A doença requer controle permanente, a fidelidade ao procedimento adotado contra a psoríase, aliás, é fundamental. Por terem uma doença crônica, os psoriáticos não podem desistir na primeira tentativa. “É como se tivessem diabetes ou hipertensão. O controle é permanente e um rodízio de tratamentos pode evitar efeitos colaterais”.

Fonte: Psoríase Brasil